sábado, 14 de abril de 2012

Integração Sensorial



Todo ser humano tem uma maneira singular de processar e responder a diferentes estímulos. Juntos, nossos sentidos trabalham para nos fornecer informações sobre como estamos situados em um determinado ambiente. Sabemos que a visão, a audição, o paladar, o olfato e o tato são os cinco sentidos mais familiares ao nosso corpo, porém, existem dois sentidos internos adicionais que também nos ajudam processar as informações que vêm a nosso encontro.

Vestibular - é o sentido que passa a informação para os nossos ouvidos e que está relacionado ao movimento e ao equilíbrio. E a Propriocepção - que é a informação que recebemos dos nossos músculos e articulações, como, por exemplo, a posição que o nosso corpo está ocupando em certo espaço.

Uma vez que o cérebro registra a informação sensorial do nosso corpo e processa essa informação, ele a interpreta e a organiza de maneira a executar os devidos comandos que irão responder as informações recebidas. Para muitos (pesquisadores), a integração dos sentidos ocorre sem que a percebamos. Para outros, a integração sensorial acontece de maneira diferenciada, o que pode ser a origem de vários problemas de funcionamento, chamada de "Sensory Processing Disorder" (em português seria “confusão/perturbação ou doença do processamento sensorial).

Sensory Processing disorder (SPD) - descoberta pela primeira vez, nos anos 50, pelo Dr. Jean Ayres, terapeuta ocupacional - atinge o sistema nervoso, que provoca dificuldades de compreensão, organização e integração. Talvez essa perturbação ocorra individualmente ou em conjunto com outras, como a dificuldade de atenção, autismo, paralisia cerebral, síndrome de Down, entre outras.
Essa perturbação sensorial varia de pessoa para pessoa e, associada ao stress e desconforto corporal, pode afetar a habilidade da criança e provocar um déficit de atenção na mesma. O que irá afetar profundamente a comunicação, a sociabilidade, o aprendizado, o comportamento e o senso de regularidade da criança.
Os três tipos mais importantes de processamento sensorial: alta, média e baixa sensibilidade. Refiro-me aos sentidos individuais equilibrando suas reações para que sejam reguladas em quaisquer situações. Por exemplo, crianças que passam por experiências de alta sensibilidade, tendem a sentir sensações muito intensas. Como conseqüência, elas reagem sempre como se a maioria das situações fossem perigosas e, às vezes, dolorosas. Nesse sentido, na maioria das vezes, tendem a fugir de situações semelhantes. Como conseqüência, talvez se esquivem quando alguém tentar tocá-las, chegando mesmo a não suportar o contato com as etiquetas das roupas e tornam-se muito agitadas se suas mãos são expostas a texturas de determinados produtos como areia, barro ou lama, por exemplo. Tendo como provável reação gritos durante a lavagem dos cabelos e apresentam verdadeiro ódio de penteá-los. São bem seletivas com alimentação, super sensíveis a cheiros e frequentemente tapam seus ouvidos para não escutarem o barulho de aparelhos como o liquidificador e o aspirador de pó. Fixam a atenção em sons repetitivos como o tic-tac do relógio e se sentem demasiadamente estimuladas em ambientes repletos de objetos. Cobrem os olhos quando são expostas a claridade, rejeitam certos movimentos e brinquedos como o balanço ou o escorrego. As crianças que possuem experiências de baixa sensibilidade têm dificuldades de registrar as informações sensoriais e necessitam de vários estímulos para que possam respondê-las. Na maioria dos casos, elas têm tolerância maior a dor; tendem a andar sem sapatos; constantemente tocam objetos e pessoas; quase sempre estão batendo ou tropeçando em algo; mastigam objetos como lápis; sentem dificuldade em seguir certas direções; falam muito alto; cheiram objetos; perseguem movimentos rápidos e rotativos sem ficarem tontas; adoram balanços, subir em árvores, ou seja, diversões que oferecem algum risco e que se movem constantemente.
Já crianças que experienciam a média sensibilidade, talvez possuam alta sensibilidade para certos tipos de estímulos sensoriais e baixa sensibilidade a outros.

O importante é dar a devida importância à questão sensorial e que esta possa ser identificada antes de qualquer intervenção psicológica. Se for identificado qualquer transtorno no processamento sensorial de alguma criança, o procedimento mais adequado deverá ser conduzi-la a uma terapeuta de integração sensorial, que poderá descrever uma dieta e uma sequência de exercícios que estimulará o sistema nervoso e ajudar o cérebro a processar as informações sensoriais necessárias para o seu desenvolvimento.

Por Patrícia Piacentini



Fonte: Floortime Brasil

terça-feira, 10 de abril de 2012

Autistas têm problemas para unir escuta e fala

Capacidades envolvem funções distintas, que unimos com naturalidade.
Quanto maior é o vocabulário, mais fácil fica essa relação
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Na foto o pesquisador americano Douglas Greer



Ouvir e falar são capacidades que envolvem funções distintas no cérebro. Quando participamos de uma conversa, usamos as duas simultaneamente.
A leitura também é um processo que exige integração entre as duas partes. Afinal, ainda que seja em voz baixa, a leitura nada mais é do que uma história que o leitor conta para si mesmo.
O que fazemos com naturalidade não é tão simples assim para todos. Nos casos de autismo em que a pessoa nem consegue conversar, a dificuldade reside exatamente em relacionar as duas habilidades. É o que explica Douglas Greer, da Universidade Columbia, em Nova York, nos EUA, especialista em análise de comportamento verbal, que veio ao Brasil para participar do congresso ESPCA Autismo.
Uma das habilidades que o especialista considera importantes para desenvolver a comunicação é a capacidade de nomear os objetos. É quando uma criança vê um cachorro e diz “cachorro”, ou aponta para o animal se algum adulto falar “olha o cachorro” ou algo parecido.
“As crianças precisam chegar ao estágio em que elas sabem palavras o suficiente para entender o que estão falando em torno delas”, avalia. Na língua inglesa, ele estima que uma criança precise saber entre 55 mil e 86 mil palavras para ter bom desempenho na escola.
“Nomear resulta na expansão exponencial do vocabulário, ou mais especificamente, na junção das funções de ouvir e falar diante de estímulos observados”, afirma Greer, em um estudo de 2010, em coautoria com sua colega Jennifer Longano.
Os especialistas têm isso em vista quando criam métodos para ensinar a linguagem para crianças que têm essa dificuldade.
“Há procedimentos que permitem o progresso das crianças. Algumas conseguem se beneficiar de todos eles, e algum deles vai servir para a criança, mas nem todas as crianças se beneficiam de todos os tratamentos”, avisa Greer
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Fonte: Globo.com



http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/01/autistas-tem-problemas-para-unir-escuta-e-fala.html



terça-feira, 3 de abril de 2012

Homenagem em São Vicente

O dia 02 de Abril em São Vicente foi marcado de AZUL, abaixo o prédio da Prefeitura Municipal e o Monumento 500 anos do Brasil receberam a iluminação.

Fotos extraídas da Internet - Harete Moreno

domingo, 1 de abril de 2012

MONUMENTOS DE SV SERÃO ILUMINADOS DE AZUL EM HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DO AUTISMO

Ação acontece nesta segunda-feira (02/04) em pontos como o Paço Municipal e o monumento 500 anos

Desde 2008, o dia 2 de Abril tem sido mais especial. Isso porque, no final de 2007, a Organização das Nações Unidas (ONU) transformou essa data no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. Essa mobilização acontece com a finalidade de esclarecer o que é o autismo e disseminar informações sobre a importância do diagnóstico e intervenção precoce.
Como forma de chamar a atenção da sociedade, ao redor do mundo, diversos pontos são iluminados de azul, cor escolhida como símbolo do autismo. Locais como, Viaduto do Chá, em São Paulo; a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro; Empire State, em Nova Iorque e a CN Tower, no Canadá; já receberam a coloração azul em referência ao movimento “Light It Up Blue”.
Aqui em São Vicente, o prédio da Prefeitura Municipal; o Marco Padrão, de comemoração aos 400 anos da fundação da Vila de São Vicente (localizado na Praça do Gonzaguinha, próximo à Biquinha); e o monumento dos 500 anos do Brasil (na Ilha Porchat); foram os locais escolhidos para receberem a iluminação na noite do dia 02 de Abril.

Fonte: Prefeitura Municipal de São Vicente